Em 15 de agosto de 2020, eu apresentei, como farmacêutico, a
minha sugestão formal para o Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de
Janeiro implantar em sua página eletrônica o recurso que permite comunicação
pela Língua Brasileira de Sinais.
A implantação é fácil, rápida, sem qualquer custo e tem um
script oferecido pelo próprio governo brasileiro, o VLibras em https://www.vlibras.gov.br/
A resposta do CRF-RJ
Recebi uma notificação da assessoria de Tecnologia da Informação
daquela autarquia em 13 de outubro com o seguinte conteúdo:
“Caro Dr. Carlos Santarem,
Obrigado por sua cooperação e sinta-se livre para dar
opiniões e sugestões. Há plug-ins com intérprete de Libras que são pagos, mas
há o VLibras que tem sido mais usado por ser open source. Entretanto, Como
interagimos com uma comunidade de pessoas portadores de diplomas do ensino
médio e superior, entendemos que a dificuldade de acesso ao conteúdo escrito
nos nossos sites é inexistente. Mas, entendemos que um intérprete de Libras
seria muito útil para conteúdos com mídia sonora, como as reuniões plenárias.
Estamos estudando a possibilidade de ter algum software que possa fazer a
tradução das falas destas reuniões para Libras e, assim que for viável,
introduziremos este recurso no CRF-RJ”.
Comentários que considero cabíveis
A sugestão não se aplica, exclusivamente, aos profissionais
surdos que sabemos ter em nossos quadros da Farmácia em todo o mundo, mas
aqueles que, independentemente de terem cursado a academia da Farmácia ou de
sua escolaridade, como cidadãos, consultam o site da autarquia como
interessados diretos ou indiretos. Em outras palavras, não se trata de um benefício
para os farmacêuticos apenas, mas para todos os usuários dos serviços da autarquia.
Vale lembrar que “deve ser garantido, por parte do poder
público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas
institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais -
Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das
comunidades surdas do Brasil”. Ao mesmo tempo, destaco que “as instituições
públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde
devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência
auditiva, de acordo com as normas legais em vigor”.
Minha solicitação
Dessa maneira, reitero que minha proposta seja revista pelas
razões expostas acima.
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Uma inserção fácil, rápida, sem qualquer custo de um script disponibilizado pelo governo brasileiro que pode beneficiar vários cidadãos.
Agora, resta-me esperar.
Carlos Santarem
CRF-RJ - 3351
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Conheça mais sobre o VLibras, criado em 2016
Ministério lança software que traduz conteúdo digital paraLibras
"De uso gratuito, o programa também pode trazer economia para o governo federal. É uma forma de atender a lei 13.146, de 2015, cujo texto prevê que todo órgão público deve manter sites acessíveis para pessoas com deficiência."
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Veja no site da Agência Nacional de Telecomunicações comofica a inserção do VLibras
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Veja aqui mesmo em nosso blog o tradutor VLibras, no canto direito da tela!
Se você acredita que essa ação é justa e pode beneficiar muitos profissionais surdos e os usuários de produtos e serviços de autarquias federais, deixe seu comentário e compartilhe.
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